quinta-feira, 16 de maio de 2013

LIZA PRADO É NOMEADA REPRESENTANTE DAS ENFERMEIRAS E ENFERMEIROS










Enfermagem cobra melhores condições de trabalho

  



Profissionais da área, presentes em reunião da Comissão de Trabalho, reivindicam piso salarial e jornada de 30 horas.


A reunião contou com ampla presença dos profissionais de enfermagem


Condições precárias de trabalho, jornada exaustiva e baixos salários. Esses foram os principais problemas levantados em audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta quarta-feira (15/5/13). A reunião, que contou com ampla presença de profissionais que integram a Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais.


Profissionais relatam problemas enfrentados pela categoria

Berenice de Freitas Diniz, que representou o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde), destacou que é importante discutir o piso salarial e a redução da jornada, mas sem que haja diminuição do salário. “Quem faz a área da saúde são os profissionais. Enfermagem só é desvalorizada porque historicamente conta com mais profissionais mulheres. Então é uma questão de gênero também”. Ela salientou os principais problemas enfrentados pelos trabalhadores, como assédio moral, falta de insumos para a atividade e jornada exaustiva.

O presidente da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais, Carlos Augusto dos Passos Martins, falou que o movimento feito no ano passado a favor da categoria busca a valorização dos profissionais. “Precisamos mostrar para todos que temos poder de mobilização e de reivindicação. Não podemos correr o risco de que o projeto que está na ALMG fique anos tramitando, como a matéria que está no Congresso Nacional”. Ele propôs que, no Estado, os profissionais de enfermagem se mobilizem para que o texto seja aprovado ainda neste ano. Martins pediu também o compromisso dos deputados.

Para o diretor da Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Minas Gerais, Juvenal Araújo, faltou na reunião a presença dos proprietários dos hospitais. Ele destacou uma série de viagens, uma parceria da federação com o Conselho Regional de Enfermagem, para debater o assunto em diversas cidades do Estado. “Nós exigimos que esse projeto passe pela CCJ”.

Já o presidente do Conselho de Enfermagem, Rubens Schroder Sobrinho, reforçou a importância da aprovação do projeto. “Nós estamos cansados. A enfermagem precisa ser valorizada pelo cuidado ao ser humano 24 horas por dia”. Ele falou ainda sobre as condições de trabalho em todo o País. “São caracterizadas pelo desrespeito à categoria, com o não pagamento de férias, 13º salário, insalubridade e, ainda, com a falta de equipamentos adequados, ficando expostos aos riscos”, disse. Sobrinho destacou a presença de diversos profissionais do interior na audiência.

A diretora da área da saúde do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Ilda Aparecida de Carvalho Alexandrino, registrou a greve dos servidores do setor em Belo Horizonte por causa das más condições de trabalho. “Essa reunião hoje é um marco, porque há um ano, não tínhamos nem projeto que previa piso para a categoria. Mas precisamos de mais avanços”, cobrou.
 



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