sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Dia do Fico - 09/01


Marca a data comemorativa ocorrida em 9 de janeiro de 1822, dia em que D. Pedro de Alcântara, então príncipe regente do Brasil, desobedeceu as ordens da Corte de Portugal, que exigia seu retorno a Lisboa após o regresso de D. João VI, com a intenção de fazer com que o Brasil voltasse a ser colônia de Portugal, e não fazendo parte do Reino Unido, como D. João VI havia decidido quando aqui chegou, perseguido pelas tropas de Napoleão Bonaparte.

No ano anterior, em 26 de abril, as Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa exigiram que D. João VI retornasse a Lisboa, uma vez que o Brasil estava se destacando mais que Portugal, e o rei deixou no Brasil seu filho, D. Pedro de Alcântara, sabendo que não demoraria para que o Brasil decretasse sua independência da Corte.

Quando a Corte manifestou a vontade de transformar novamente o Brasil em colônia, os nacionalistas, liberais radicais, unidos ao então Partido Brasileiro, tentaram manter a maior liberdade para o Brasil. As Cortes, então, exigiram que D. Pedro voltasse imediatamente a Portugal.

A reação dos liberais foi reunir assinaturas para pressionar o Príncipe Regente a permanecer no Brasil, conseguindo que 8 mil pessoas assinassem o manifesto. Então, para não submeter-se às ordens portuguesas, D. Pedro tomou a decisão de ficar no Brasil, com a frase que ficou famosa: ?Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico?.

Esse fato foi o início do conflito entre o Brasil e Portugal, dando início ao processo que teve como consequência a Proclamação da Independência do Brasil, ocorrida no dia 7 de setembro do mesmo ano.

A importância do Dia do Fico

A frase do Dia do Fico marca o início da construção do Brasil como Nação, independente dos interesses da Corte Portuguesa.

Enquanto colônia de Portugal, o Brasil não conseguia desenvolver-se em virtude da alta taxa de impostos cobrada pela Corte, submetendo-se sempre às ordens vindas da Europa. Quando D. João VI fugiu de Napoleão, instalando-se no Rio de Janeiro, o Brasil tornou-se o centro do Império Português, o que desagradou profundamente os integrantes da elite portuguesa.

A presença da família real no Rio foi o principal passo para o desenvolvimento da então colônia, gerando consequências políticas e econômicas, como a elevação do país à categoria de Reino Unido, deixando de ser colônia, a abertura dos portos às nações amigas, que acabou com o monopólio dos portugueses na comercialização dos produtos e matérias primas brasileiros e a criação do primeiro banco nacional, o Banco do Brasil, em 1808.

Essas novas condições foram o estopim para a ideia de um país livre e independente, também inspirada pela independência de outras nações americanas que já a haviam conquista, como por exemplo, os Estados Unidos.

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