quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sustentabilidade e Acessibilidade

Sustentabilidade e Acessibilidade
 

A modernidade nos desafia a criar novas formas de relacionamento para compreender a complexa dimensão humano-natureza. Há algumas questões que precisamos superar para que possamos desfrutar de forma harmônica, da casa comum, o planeta Terra, e, acima de tudo, estabelecer relações mais éticas entre humanos e não humanos na direção de uma convivência que seja minimamente respeitosa.

Dessa forma, o ano de 2015 torna-se emblemático, pois é quando se encerra o ciclo dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), e todas as nações estarão decidindo quais serão os grandes temas a serem estabelecidos para o próximo período, que estão sendo chamados preliminarmente de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Novas propostas para enfrentar os grandes problemas da humanidade.

Ambientalizar, verbo necessário para que possamos internalizar nas estruturas e nos sujeitos preceitos da preservação ambiental para redução de danos ao ambiente e utilização racional dos recursos naturais às presentes e às futuras gerações. Acessibilizar, verbo que aponta para a necessidade da garantia da eliminação de barreiras para promoção da igualdade de oportunidades entre todas as pessoas.

Sustentabilidade e acessibilidade são pontos centrais na construção de sociedades mais justas e inclusivas e que respeitam os direitos humanos em sua plenitude. São assim indissociáveis. Os desafios a serem enfrentados no presente passam pela compreensão e implementação articulada e de forma transversal destes conceitos nas práticas sociais e especialmente nas políticas públicas.

A diversidade humana, sobretudo quando falamos dos direitos das pessoas com deficiência, que são mais de 2,5 milhões de gaúchos e gaúchas, é um elemento imprescindível neste contexto. Assim, as políticas de sustentabilidade precisam considerá-las no contexto de suas ações efetivas. Portanto, sem acessibilidade não há sustentabilidade, pois estaremos praticando a injustiça social.

São provocações que, em escala global e local, apontam para novos e necessários cenários, onde a produção de diálogo entre as diferenças, para um futuro que não seja mais do mesmo, deve estar como prioridade em todas as agendas. Vamos fazer juntos?

Fonte: Correio do Povo - Porto Alegre (RS)

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