O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), recebeu, na manhã desta terça-feira (21/8/12), representantes de 15 Estados brasileiros que compõem o Fórum Brasileiro de Gestores sobre Drogas. O evento, que aconteceu no Salão Oficial do Parlamento mineiro, marcou o terceiro encontro do grupo, que pretende criar uma agenda permanente entre a União, Estados e municípios para desenvolver e aprimorar políticas públicas de combate às drogas.
De acordo com Dinis Pinheiro, é preciso que o poder público abrace a causa do enfrentamento das drogas, para que haja consolidação da legislação sobre o tema. Ele acredita que é preciso vontade política e disposição de todos para que se construa uma nova realidade no Brasil. “A ALMG é, mais uma vez, pioneira nesse processo e, por isso, vem mobilizando a sociedade para o problema. Espero que este fórum torne a luta ainda mais vigorosa e bem sucedida”, afirmou.
O presidente da Comissão Especial para o Enfrentamento do Crack, da ALMG, deputado Paulo Lamac (PT), destacou que o problema das drogas não é regional, mas impacta toda a população brasileira. Para ele, a troca de experiências entre os Estados é o caminho para que se crie um modelo nacional de combate ao problema. “Temos que qualificar as ações e as políticas públicas já existentes. Para isso, queremos conhecer o que dá e o que não deu certo em outros locais”, disse.
Álcool é a droga mais consumida no País
O coordenador de Políticas para as Drogas do Estado de São Paulo, Luiz Alberto Chaves de Oliveira, chamou a atenção para o impacto das chamadas drogas lícitas no Brasil. Segundo ele, a mídia tem destacado o problema do crack, mas se esquece de que o álcool é a droga mais consumida no País. O gestor estima que aproximadamente 25% da população brasileira seja viciada ou faça uso nocivo de bebidas alcoólicas. “Isso significa dizer que um quarto das famílias brasileiras sofre desse mal. Se levarmos em conta uma média de três pessoas por residência, podemos afirmar que mais da metade da população sofre as consequências do álcool”, alertou. Para ele, é preciso que se criem programas de prevenção e tratamento mais adequados no País, principalmente para os dependentes de álcool, tabaco e medicamentos.
O presidente do Conselho Antidrogas de Minas Gerais, Aloísio Andrade, também cobrou mais ações de prevenção e disse que, já no 2º semestre deste ano, o Estado poderá receber sua primeira unidade da Associação dos Pais, Amigos e Dependentes Químicos (Apad), que adota modelo semelhante das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs), utilizado sistema prisional.
Novos encontros – A superintendente de Ações sobre Drogas do Estado do Tocantins, Magda Valadares, lembrou que o primeiro encontro do fórum ocorreu em março, em seu Estado, e marcou o início das trocas de experiências. Para ela, o objetivo do grupo é colaborar com o Governo Federal no desenvolvimento de políticas consolidadas de combate às drogas. Amazonas e São Paulo serão os próximos a receber o fórum.
O subsecretário de Políticas Antidrogas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Cloves Benevides, afirmou que conhecer as boas práticas dos outros Estados tem sido diferencial para o trabalho feito em Minas Gerais. A intenção, segundo ele, é que as políticas públicas sejam ampliadas e qualificadas em todo o Brasil. “Vamos enviar sugestões para a União de ações estruturantes e eficazes no combate a esse mal que aflige a sociedade”, afirmou.
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