Mais
divulgação sobre o que é o mal de Parkinson, de forma a reduzir o preconceito;
um diagnóstico mais preciso; e sua inclusão no grupo de doenças que, de acordo
com lei, reserva direitos e benefícios especiais às pessoas por elas acometidas.
Essas foram algumas das reivindicações de participantes de audiência pública
da Comissão de Saúde, que discutiu ontem o assunto.
“Queremos conscientizar a
sociedade de que Par-kinson é mais do que tremor”, afirmou a presidente da Associação de Parkinsonianos
de Minas Gerais, Janette Mello Franco. Segundo ela, o tremor é apenas uma decorrência
da doença. A presidente da entidade acrescentou que, muitas vezes, o médico
tem dificuldades de reconhecer os sintomas e se sente inseguro em dar um diagnóstico
preciso.
O
vice-presidente do Instituto Parkinsoniano de Minas Gerais, Gervásio Fraga,
defendeu que a pessoa com a doença fique isenta do pagamento de impostos na
compra de um veículo, benefício assegurado a pessoas que têm deficiências especificadas
em lei. Ele também reivindicou que o benefício seja estendido à pessoa que
cuida do doente, já que este, em muitos casos, não pode nem mesmo dirigir.
Por se tratar de uma mudança em
lei federal, o deputado Carlos Mosconi (PSDB) sugeriu que a reivindicação seja
encaminhada formalmente, para que a Assembleia avalie o que pode ser feito. O
deputado Doutor Wilson Batista (PSD) considerou que a extensão do benefício
passa pelo fato de o mal de Parkinson, para fins de legislação, não ser considerado
deficiência. O deputado Hely Tarqüínio (PV) considerou que a questão é complexa
por não haver tipificação dos casos da doença.
Autora do requerimento de audiência,
a deputada Liza Prado (PSB) lembrou que, embora não cause a morte, o mal de
Parkinson traz uma série de complicadores que podem comprometer gravemente a
saúde do paciente, como a dificuldade de deglutição.
Remédios – Gervásio Fraga também cobrou do poder público respostas a uma série
de reivindicações relatadas em audiência promovida pela Assembleia em abril de
2010, sobre o mesmo assunto. Entre elas, está a inclusão de medicamentos na
lista dos remédios distribuídos pelo Estado. De acordo com a representante da
Secretaria de Saúde, Eliana Bandeira, uma comissão avalia a possibilidade de
inclusão de medicamentos na lista. Ela afirmou que o Governo de Minas mantém
redes de atenção à saúde do idoso, que incluem ações relativas ao mal de
Parkinson.
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