quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Entrevista com o Jornalista Carlos Viana de Contagem



* Qual a reivindicação com relação à FUNEC?
Minha luta é pelo fortalecimento e pela reabertura das unidades fechadas pela prefeitura atual.



* A Prefeitura Municipal de Contagem justifica dizendo que é um remanejamento e que o ensino médio é competência do Estado. Como a senhora vê essa posição?

Remanejamento não pode ser confundido com fechamento, que é o que está acontecendo. Em relação ao ensino médio ser competência do Estado tenho a dizer que o Poder Executivo Municipal tomou para si essa responsabilidade e a FUNEC cumpriu esse papel com louvor, tornando-se referência em ensino público de qualidade e motivo de orgulho para o povo de Contagem. A prefeitura atual prometeu, durante a campanha eleitoral, fortalecer e manter a FUNEC, mas, ao contrário, vem fechando várias unidades. Apesar dos cortes, a Prefeitura conta com o mesmo orçamento. Além disso, encontramos problemas como professores fora das suas funções stado pode intervir para que as unidades sejam reabertas?
Sim. Tenho cobrado o empenho e a interferência do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Educação, na reabertura das unidades Água Branca, Alvorada, Hibisco, Tiradentes, São Luiz, Vila Pérola, Oitis e Vila São Paulo, extintas pela atual prefeitura, que, apesar do corte, conta com o mesmo orçamento. Pedi, ainda, a implantação, nestas unidades, do Programa de Educação Profissional (PEP) que oferece aos jovens e adultos mineiros formação profissional técnica de qualidade, a fim de torná-los aptos a ingressar e a se manter, com a capacitação necessária, no mundo do trabalho. A secretária Ana Lúcia Gazolla me informou que existe um convênio aberto que, para ser reativado, é necessário uma solicitação por escrito, da Prefeitura para o Estado, o que não foi feito até o momento. Existe ainda a possibilidade da adesão do município de Contagem em uma parceria do Governo do Estado com a Vale, em um projeto profissionalizante. Apesar de não resolver todo o problema de custeio, o município tem recursos próprios garantidos mesmo com o fechamento de várias unidades, um compromisso de campanha.





* Muitos contagenses se mostram insatisfeitos com a situação. A senhora acha que isso pode trazer a FUNEC mais uma vez à discussão no período eleitoral do município?
 
Sem dúvida. Tenho certeza que a população de Contagem vai estar atenta às promessas não cumpridas e ao desrespeito aos eleitores. A FUNEC é um verdadeiro patrimônio de Contagem e deve ser defendida pelos políticos locais, representantes das vontades do povo.




* Qual seria sua mensagem aos cidadãos que reclamam da situação da FUNEC, mas que ainda acreditam na possível reabertura das unidades?

Como diz o ditado: Esperança é a última que morre. Portanto, também acredito na reabertura das unidades extintas. Para isso tenho lutado e não medirei forças para conseguir que o povo de Contagem tenha de volta o que é seu por direito – o direito constitucional à educação.





* Na rede estadual, os professores estão em greve desde o dia 08 de junho. Como a senhora avalia a educação na perspectiva estadual?

Com preocupação. Preocupo-me com os alunos, suas famílias e também com os professores. Acredito na prosperidade de um povo através da educação, por isso defendo a valorização dos professores como parte importante deste processo.





* Recentemente, seu informativo de Contagem publicou que a senhora protocolou uma representação junto ao Ministério Público relatando supostas fraudes nos contratos de merenda escolar em Contagem, na Escola Municipal José Diniz Costa Belém. As denúncias foram rebatidas pelo Dep. Durval Ângelo (PT). Qual sua posição em relação ao assunto? 

Reafirmo o teor da representação uma vez que nunca foi servido aos alunos isca de carne, por exemplo, item do contrato. Estou certa que o Ministério Público, muito competente em sua atuação, vai investigar a situação e fazer com que os contratos sejam cumpridos À risca. A merenda escolar ideal seria aquela com peixe ou frango, além de frutas e hortaliças – ou seja, uma alimentação baseada em itens saudáveis. Além disso, por que a prefeitura não ajuda a criar cooperativas de agricultores que forneçam os itens para a merenda escolar? Seria uma forma de fazer valer a lei que determina a alimentação saudável nas escolas públicas e, ao mesmo tempo, fortalecer e promover a agricultura do município.

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