Os moradores de rua resistem, muitas
das vezes, a permanecerem em abrigos, por mais variadas razões, desde o desejo
voluntário de continuar livremente nas ruas da cidade, ou porque não seguem as
regras impostas pelas casas de passagem. Porém, a negativa desses espaços em
receber os animais de estimação e acomodá-los nos abrigos, tem-se constituído
em um dos principais motivos pelos quais muitos moradores de rua se recusam a permanecer
nesses locais.
Além da amizade incondicional, a
companhia do animal faz parte da própria identidade do indivíduo em situação de
rua, às vezes, o elo entre o animal e o tutelado é tão grande que é capaz de
libertá-los de comportamentos autodestrutivos, como o consumo exagerado de
álcool e outras drogas, ao reprimir a vontade de suicídio e atenuar a
depressão, aliviando as angústias que acompanham a solidão.
Pensando nisso, a vereadora Liza
Prado propõe um Projeto de Lei de grande relevância e caráter humanitário, já
que permite que a pessoa em situação de rua possa levar consigo o animal de
estimação, seu vínculo familiar de afeto e carinho, que deverá ser doméstico ou
domesticado, de pequeno e médio porte, sendo pacífico para coabitar e conviver com
os outros cidadãos dos abrigos.
Porque toda vida importa.
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