Na noite desta quinta-feira (7), tivemos mais uma live da vereadora Liza Prado sobre a causa animal, com o tema “Diagnóstico e tratamento de cães com problemas de comportamento”, cuja entrevistada foi a bióloga e comportamentalista de animais, Ana Paula Ribeiro.
Dentre os vários assuntos abordados, de forma descontraída pela bióloga, foram discutidos os chamados “reforços”. Segundo ela, é fundamental que o tutor do animal possa observar o que está reforçando, por isso é importante frisar o que lhe interessa, como carinho, petiscos e xixi. Dessa forma, existem reforços positivos (como o estímulo à alimentação por ração) e os reforços negativos (como o comportamento que “gratifica” o cão, ensinando-o ao apego excessivo ou a conseguir as coisas por meio de manipulação).
Também foram abordadas as fobias, como o medo e a ansiedade. De acordo com a entrevistada, esses sentimentos são características genéticas do animal, chamada de “genética do comportamento”. Ou seja, cachorros medrosos ou ansiosos tendem a ter filhotes da mesma forma, porém, a tendência não é determinante, por isso a importância das terapias integrativas. Com um treino positivo, esses sentimentos podem ser amenizados. Durante o início da pandemia, em que todos (inclusive os animais) foram obrigados a se isolar em suas casas, a ansiedade pela separação aumentou e, também, o medo do animal em ficar sozinho, pois os passeios diminuíram, trazendo consequências à saúde física do animal, dentre elas a obesidade e a diabetes, ocasionadas pelo tédio.
Para acabar com o tédio e tudo que ele causa ao animal, é fundamental que estes, em especial os cães, passeiem ao longo do dia. O ato de passear é uma socialização completa: no passeio, o animal vai perceber cheiros e outras sensações sensoriais, ao escutar barulhos, se encontrar com pessoas e outros bichos, se deparar com automóveis etc. É fundamental o tutor estimular as atividades lúdicas no dia a dia do animal.
A vereadora Liza Prado teve uma lei, recém-aprovada, que proíbe o uso de coleiras antilatido em cães, a Lei 13.465/2021. Para a bióloga, a legislação vai de acordo com a opinião pessoal da estudiosa em comportamento animal. Segundo ela, no caso de coleiras antilatido, o tutor acaba punindo o animal por algo que ele mesmo reforçou, ou seja, o ato de ensinar o cão a latir toda vez que este lhe pedia algo.
Para finalizar a live, Liza Prado agradeceu o bate-papo e reforçou a importância das políticas públicas a favor dos animais e dos protetores da cidade, como a realização da distribuição de vacinas V8, de forma gratuita, ocorrida neste último mês pela PMU, e o mutirão de castrações para o próximo ano, previsto como o maior da América Latina.
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