quarta-feira, 9 de maio de 2012

Governo vai mapear internação por crack



 
O Governo do Estado vai formar uma comissão para mapear as internações compulsórias de usuários de crack. A informação é do subsecretário de Estado de Políticas sobre Drogas, Cloves Benevides, que articipou de reunião da Comissão Especial para o Enfrentamento do Crack, ontem, na ALMG. “Queremos chegar à verdade dessa questão”, afirmou.

 
O assunto dominou a fase de debates, quando alguns integrantes do público, contrários à prática, se exaltaram.“Internações compulsórias não são política pública. Isso não é regra em Minas Gerais. Cada caso é um caso, decidido individualmente. Não podemos generalizar”, respondeu o representante da Secretaria de Saúde, Paulo Repsold. Segundo ele, o enfrentamento da questão das drogas deve seguir três estratégias: tratamento clínico em ambulatórios e hospitais, reabilitação e proteção dos usuários.


 Para a assessora técnica da Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, Leisenir de Oliveira, o desafio é ampliar no Brasil a implantação de Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps-AD) do tipo 3, que oferecem atendimento ambulatorial e espaço para os usuários de casos mais graves passarem a noite. No Estado, não há centro desse tipo. “Devemos profissionalizar os funcionários da saúde, responsáveis pelo atendimento aos usuários, e buscar moradia efetiva para a população vulnerabilizada”, destacou a presidente do Conselho Regional de Psicologia, Marta Elizabeth de Souza.

 
Audiência – Os deputados Paulo Lamac (PT), presidente da Comissão Especial, e Célio Moreira (PSDB), destacaram os resultados de audiência pública realizada no Barreiro, em Belo Horizonte, na segunda-feira (7). O deputado Doutor Wilson Batista (PSD) defendeu que a comissão discuta o enfrentamento dos grandes traficantes. Liza Prado (PSB) disse que as drogas exigem um esforço contínuo de enfrentamento.



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