O
Governo do Estado vai formar uma comissão para mapear as internações compulsórias
de usuários de crack. A informação é do subsecretário de Estado de Políticas
sobre Drogas, Cloves Benevides, que articipou de reunião da Comissão Especial para
o Enfrentamento do Crack, ontem, na ALMG. “Queremos
chegar à verdade dessa questão”, afirmou.
O
assunto dominou a fase de debates, quando alguns integrantes do público,
contrários à prática, se exaltaram.“Internações
compulsórias não são política pública. Isso não é regra em Minas Gerais. Cada
caso é um caso, decidido individualmente. Não podemos generalizar”, respondeu o
representante da Secretaria de
Saúde, Paulo Repsold. Segundo ele, o enfrentamento da questão das drogas deve seguir
três estratégias: tratamento clínico em ambulatórios e hospitais, reabilitação
e proteção dos usuários.
Para
a assessora técnica da Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas,
Leisenir de Oliveira, o desafio é ampliar no Brasil a implantação de Centros de
Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps-AD) do tipo 3, que oferecem
atendimento ambulatorial e espaço para os usuários de casos mais graves passarem
a noite. No Estado, não há centro desse tipo. “Devemos
profissionalizar os funcionários da saúde, responsáveis pelo atendimento aos
usuários, e buscar moradia efetiva para a população vulnerabilizada”, destacou a
presidente do Conselho Regional de Psicologia, Marta Elizabeth de Souza.
Audiência
– Os deputados Paulo Lamac (PT), presidente da
Comissão Especial, e Célio Moreira (PSDB), destacaram os resultados de
audiência pública realizada no Barreiro, em Belo Horizonte, na segunda-feira
(7). O deputado Doutor Wilson Batista (PSD) defendeu que a comissão discuta o
enfrentamento dos grandes traficantes. Liza Prado (PSB) disse que as drogas exigem
um esforço contínuo de enfrentamento.
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