quarta-feira, 16 de julho de 2014

Liza Prado preside comissão para debater trabalho escravo no interior de Minas


Contratações irregulares, sem assinatura em carteira, uso abusivo de agrotóxicos, que afetam a saúde do trabalhador e suas famílias, e fiscalização trabalhista deficiente. Essas foram algumas das denúncias formuladas pelos trabalhadores rurais presentes à audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta semana em Varginha, no Sul de Minas. Presidida pela deputada Liza Prado (Pros), a reunião atendeu solicitação de lideranças sindicais, para debater a situação dos trabalhadores rurais e a precariedade das relações trabalhistas na região. De acordo com denúncias apresentadas na audiência, Minas Gerais ocupa o 2º lugar, entre os Estados brasileiros, na lista do trabalho escravo, e o meio rural é o mais atingido.

Liza Prado comprometeu-se a levar as reivindicações dos trabalhadores com pedido de providências aos órgãos competentes do Estado e da União. Para isso, vai apresentar requerimentos formais para serem votados na Comissão do Trabalho, solicitando aumento do número de auditores; cobrança do Governo Federal no sentido de estruturar melhor os órgãos de fiscalização do Ministério do Trabalho; e maior acompanhamento, por parte da Polícia Federal, das ações fiscalizadoras, entre outras demandas.

A parlamentar também firmou o compromisso de solicitar a realização de um debate público no Plenário, em busca de soluções para pôr fim ao trabalho escravo.

Durante a audiência, os participantes tiveram acesso a dados da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais que revelam um baixo índice de registros de empregados nas fazendas da região de Varginha. Somente de janeiro a junho deste ano, conforme o estudo, os fiscais contabilizaram 8914 trabalhadores, dos quais apenas 18% são registrados.

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