Minas Gerais está livre do risco de rompimento de barragens de rejeitos. Foi o que afirmou ontem o representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), Luiz Guilherme Brandão, em audiência da Comissão Especial das Enchentes. A reunião foi requerida pelo deputado Arlen Santiago.
Segundo Brandão, todas as barragens de rejeitos existentes em Minas são permanentemente fiscalizadas pela Fundação Estadual do Meio Ambiente. Isso afastaria a possibilidade de acidentes como os ocorridos em 2001, com a barragem da Mineração Rio Verde, em São Sebastião das Águas Claras, e em 2007, com a represa da Mineradora Rio Pomba Cataguases, em Muriaé.
O representante da Semad relatou que a rede de monitoramento do Estado tem condições de dar uma resposta rápida à sociedade. Ele listou, entre as providências tomadas recentemente, a parceria com o Corpo de Bombeiros no acompanhamento dos níveis das barragens e o aperfeiçoamento do radar meteorológico da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que alerta para o risco de tempestades. Questionado pela deputada Liza Prado (PSB), Brandão informou que o radar está disponível apenas na RMBH, mas há previsão de que seja estendido para outras regiões.
O chefe da Divisão Operacional do Corpo de Bombeiros, capitão Eduardo Ribeiro, disse que o Estado tem quatro bases de prevenção de incêndios e combate aos efeitos das inundações. Elas estão em Curvelo, Januária, Belo Horizonte e Viçosa.
Críticas – O deputado Arlen Santiago criticou a ausência de representantes do Ministério da Integração Nacional e da Agência Nacional de Águas, convidados para a audiência. Apesar de correspondências justificando o não comparecimento, o parlamentar considerou a atitude um desrespeito com o Estado. Requerimento aprovado ontem renova o convite às autoridades.
O deputado Bosco concordou com a posição de Santiago e destacou o trabalho da comissão no sentido de prevenir inundações em Minas.
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