quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Redução da alíquota sobre etanol em Minas Gerais criou um novo fluxo logístico no estado


A BR 262, rodovia que liga a região central de Minas Gerais e Belo Horizonte com o Triângulo Mineiro - principal área produtora de cana-de-açúcar no estado -, nunca foi tão percorrida por carretas transportando etanol como vem acontecendo desde o início de 2015, quando entrou em vigor no território mineiro a lei que reduziu a alíquota do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o etanol, que caiu de 19% para 14%.
"Desde então, o consumo do hidratado no estado cresceu a passos largos. Mas, além da criação do mercado, criamos um novo fluxo logístico. Antes o que Minas Gerais produzia tinha que vender no estado de São Paulo. Hoje Minas pode vender em SP, mas está vendendo em MG mesmo", frisa Mário Campos, presidente da Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais).
Segundo ele, o fluxo logístico melhorou. "E quando houve a mudança do fluxo logístico, paramos de concorrer no mercado paulista, o que pode gerar até no longo prazo prêmios logísticos. Se antes tínhamos até um deságio, pois tínhamos que vender onde já tem produção significativa, hoje as empresas mineiras podem usufrui do preço de mercado de todas as outras usinas de São Paulo", diz.




O produtor de etanol de Minas Gerais deixou de ser penalizado com deságio que havia por conta de diferença de frente. "Hoje temos outra condição. Apesar disso, infelizmente ainda não estamos conseguindo internalizar os ganhos que o mercado nos proporcionou em termos de oportunidade, uma vez que até agora - final de agosto de 2015 - vendemos etanol a preço inferior de 2014. E não estamos conseguindo internalizar porque a crise financeira obriga as usinas a produzirem e imediatamente venderem", conclui Campos.
(Fonte: Cana Online – 08/09)

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