O
cooperativismo é um instrumento de desenvolvimento social e de
combate à pobreza, segundo o presidente da Assembleia Legislativa,
deputado Dinis Pinheiro (PSDB). Ele abriu na manhã de ontem o Ciclo
de Debates Cooperar
2012,
realizado ao longo de todo o dia, no Plenário. O evento reuniu
especialistas, autoridades e parlamentares para debater os avanços e
desafios do sistema cooperativo mineiro.
Dinis
Pinheiro afirmou que as cooperativas são a garantia da segurança
alimentar e do fomento à economia. Segundo ele, em 2010, o sistema
empregava mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, número
20% maior do que as vagas de trabalho oferecidas pelas empresas
multinacionais. “Hoje são mais de 6 mil cooperativas no Brasil,
que reúnem milhões de associados. O reflexo disso é o
comprometimento com as comunidades em que estão inseridas e o ganho
em termos de distribuição de renda e redução da pobreza”,
disse.
A
deputada Liza Prado (PSB) declarou que o cooperativismo no Brasil é
exemplo para o mundo, graças a sua organização administrativa e
financeira. O deputado Duilio de Castro (PMN) destacou que é preciso
ter consciência da união de esforços para que as cooperativas
cresçam ainda mais e promovam melhor distribuição
de riquezas. Para a deputada Luzia Ferreira (PPS), a cooperativa é a
forma mais racional, democrática e justa de trabalho e organização
social.
Painéis
– Após
a abertura, os participantes acompanharam seis painéis sobre o
assunto e puderam debater o tema. O primeiro painel, sobre o papel do
cooperativismo no desenvolvimento, foi conduzido pelo presidente do
Sindicato e Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Sistema
Ocemg), Ronaldo Scucato. Ele apresentou um contexto histórico das
cooperativas e afirmou que há um longo caminho a ser seguido.
Segundo Scucato, o cooperativismo ainda gera menos riquezas do que
poderia para a sociedade.
Ele
também apresentou números do setor em Minas. De acordo com os
dados, há 760 cooperativas no Estado, sendo 96% delas nas áreas de
agricultura, crédito e saúde. Elas geram quase 37 mil empregos
diretos, com 1,2 milhão de cooperados. O cooperativismo, segundo
Scucato, movimentou R$ 27,2 bilhões em negócios em 2011, ou cerca
de 7% do PIB mineiro.
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