Hoje é 25 de novembro. Um dia para lembrar, para refletir e para não se calar. Como mulher, carrego comigo histórias que não são apenas minhas. São histórias de vozes abafadas, de marcas invisíveis, de gritos que ninguém ouviu.
Eu já segurei as mãos de amigas que choraram em silêncio, já ouvi relatos cortantes de quem teve sua luz apagada por alguém que deveria protegê-las. Já senti na pele o peso de olhares que julgam, o medo de andar sozinha, a necessidade de medir palavras para não "provocar".
Hoje é o dia de lutar por aquelas que não puderam escapar. Por cada mulher que ainda está presa em um ciclo de dor e medo. Por cada vida interrompida por uma violência que nunca deveria ter existido.
Mas também é o dia de dizer: basta! De erguer a cabeça, de acreditar que juntas somos mais fortes. Que nenhuma mulher precisa passar por isso sozinha. Que existe esperança, acolhimento e, acima de tudo, justiça para ser feita.
Eu não me calo. Não me calo pelas que vieram antes, pelas que estão aqui e pelas que virão. Porque lutar contra a violência é lutar pela vida. Pela liberdade de ser mulher, de ser inteira, de ser livre.
Se você sofre, busque ajuda. Se você vê, não se omita. Hoje e todos os dias, precisamos ser a voz, o braço e o apoio que tantas mulheres precisam para recomeçar.
Ninguém solta a mão de ninguém.
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