segunda-feira, 20 de julho de 2015

UBERLÂNDIA: Busca por vagas de trabalho no Sine cresce 50% em 15 dias


O número de candidatos em busca de emprego no Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Uberlândia subiu, aproximadamente, 50% nos últimos 15 dias. No mesmo período, a quantidade de vagas de emprego disponíveis no Sine local caiu 67%, passando de cerca de 1,4 mil postos de trabalho ofertados ao término de junho para um total de 462 nesta sexta-feira (17).
Entre os que foram até o órgão em busca de trabalho nesta sexta-feira (17) estava o casal Edney Silva Souza e Sharon Sudaia Silva Santos. “Há três meses, desde que nos mudamos de Brasília (DF) para cá, estamos procurando. Já fui em lojas, olhei em sites, deixei currículo, mas não me chamaram”, disse ela, que tenta uma colocação como vendedora ou na área de telemarketing. “Cheguei a fazer entrevista, mas não fui chamado”, disse ele, que tem experiência como operador em indústria.tinha cerca de 1,4 mil postos de tr
O pintor João Luís Felix, desempregado há cinco meses, também tem encontrado dificuldade em uma recolocação, mas se disse otimista. “As coisas estão difíceis para o meu lado, mas o pessoal tem falado que, agora, no segundo semestre a situação (do mercado de trabalho) vai melhorar. Eu estou confiando”, disse.
A dificuldade dos candidatos é agravada pela baixa oferta de vagas no Sine, que é inédita no órgão, segundo a diretoria regional da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), gestora do Sine. “Nunca tivemos tão poucas vagas como agora. É muito preocupante uma queda tão drástica”, afirmou a diretora da Sedese, Gleide Ribeiro Starling Diniz.
A diretora declara que é normal que a entrada de novas vagas tenha oscilações, mas o que chama a atenção, neste período mais recente, é o fato de as empresas terem decidido fechar vagas que estavam em aberto mesmo sem terem sido preenchidas. “Todos os dias entram vagas novas e elas se somam às que já estavam abertas, ‘em estoque’, que são constantemente renovadas. Nas últimas duas semanas, cerca de mil vagas não foram renovadas”, disse a diretora da Sedese.
Comércio e construção têm as maiores reduções de oferta
Dos setores que mais empregam, no Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Uberlândia, o de Serviços continua o principal gerador de vagas na cidade. Comércio e construção civil foram os que mais reduziram a oferta de postos de trabalho nas últimas semanas. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o processo de demissões no comércio teve início há dois meses e passou a se intensificar em julho.
Mudanças na política de concessão de crédito ao consumidor, com redução de prazo para pagamento e elevação da taxa de juros, têm gerado redução nas vendas e obrigado os comerciantes a reduzir custos. “A abertura de novas vagas só pode acontecer quando as empresas estão crescendo, expandindo negócios. No momento, o consumidor está apreensivo, restringindo seus gastos e as empresas ‘cortando na carne’, abrindo mão de seu quadro de funcionários já treinado”, disse o presidente da CDL em Uberlândia, Cícero Heraldo Novaes.
MINAS GERAIS
Na contramão do total de empregos gerados no País, Minas Gerais teve resultado positivo, ficando em primeiro lugar na criação de postos de trabalho entre os estados brasileiros. Em junho, 9,7 mil novas vagas foram abertas.

FONTE: CORREIO DE UBERLÂNDIA

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