O número de candidatos em busca
de emprego no Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Uberlândia subiu,
aproximadamente, 50% nos últimos 15 dias. No mesmo período, a quantidade de
vagas de emprego disponíveis no Sine local caiu 67%, passando de cerca de 1,4
mil postos de trabalho ofertados ao término de junho para um total de 462 nesta
sexta-feira (17).
Entre os que foram até o órgão em
busca de trabalho nesta sexta-feira (17) estava o casal Edney Silva Souza e
Sharon Sudaia Silva Santos. “Há três meses, desde que nos mudamos de Brasília
(DF) para cá, estamos procurando. Já fui em lojas, olhei em sites, deixei
currículo, mas não me chamaram”, disse ela, que tenta uma colocação como
vendedora ou na área de telemarketing. “Cheguei a fazer entrevista, mas não fui
chamado”, disse ele, que tem experiência como operador em indústria.tinha cerca de
1,4 mil postos de tr
O pintor João Luís Felix,
desempregado há cinco meses, também tem encontrado dificuldade em uma
recolocação, mas se disse otimista. “As coisas estão difíceis para o meu lado,
mas o pessoal tem falado que, agora, no segundo semestre a situação (do mercado
de trabalho) vai melhorar. Eu estou confiando”, disse.
A dificuldade dos candidatos é
agravada pela baixa oferta de vagas no Sine, que é inédita no órgão, segundo a
diretoria regional da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social
(Sedese), gestora do Sine. “Nunca tivemos tão poucas vagas como agora. É muito
preocupante uma queda tão drástica”, afirmou a diretora da Sedese, Gleide
Ribeiro Starling Diniz.
A diretora declara que é normal
que a entrada de novas vagas tenha oscilações, mas o que chama a atenção, neste
período mais recente, é o fato de as empresas terem decidido fechar vagas que
estavam em aberto mesmo sem terem sido preenchidas. “Todos os dias entram vagas
novas e elas se somam às que já estavam abertas, ‘em estoque’, que são
constantemente renovadas. Nas últimas duas semanas, cerca de mil vagas não
foram renovadas”, disse a diretora da Sedese.
Comércio
e construção têm as maiores reduções de oferta
Dos setores que mais empregam, no
Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Uberlândia, o de Serviços continua o
principal gerador de vagas na cidade. Comércio e construção civil foram os que
mais reduziram a oferta de postos de trabalho nas últimas semanas. Segundo a
Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o processo de demissões no comércio teve
início há dois meses e passou a se intensificar em julho.
Mudanças na política de concessão
de crédito ao consumidor, com redução de prazo para pagamento e elevação da
taxa de juros, têm gerado redução nas vendas e obrigado os comerciantes a
reduzir custos. “A abertura de novas vagas só pode acontecer quando as empresas
estão crescendo, expandindo negócios. No momento, o consumidor está apreensivo,
restringindo seus gastos e as empresas ‘cortando na carne’, abrindo mão de seu
quadro de funcionários já treinado”, disse o presidente da CDL em Uberlândia,
Cícero Heraldo Novaes.
MINAS
GERAIS
Na contramão do total de empregos
gerados no País, Minas Gerais teve resultado positivo, ficando em primeiro
lugar na criação de postos de trabalho entre os estados brasileiros. Em junho,
9,7 mil novas vagas foram abertas.
FONTE: CORREIO DE UBERLÂNDIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário